quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Resenha: Tempo de Matar

Título: Tempo de Matar
Autor: John Grisham
Editora: Rocco
Paginas: 576
ISBN: 8532504434
Ano: 1994


Excelente!!! Me deixou curiosa pra ler outros livros do John Grisham. Leitura sensacional. E terminou exatamente como queria.
Tempo de Matar é um livro que choca e te faz pensar em como o mundo pode ser cruel... Como é possível que em um país como os EUA possa ter existido Associações ou Clubes como a Klan? Como pode um governo, um presidente permitir que exista esse tipo de coisa? Como pode uma pessoa só por ser negro não ter os mesmos direitos de uma pessoa branca? Por acaso brancos e negros não morrem e não apodrecem do mesmo jeito? Da mesma maneira pútrida? Claro que o livro foi escrito ha quase vinte anos, mas saber que situações como esta existiram (e podem ainda existir) faz você ficar com raiva do ser humano. Esse livro mostra o quanto um ser humano pode ser cruel, mesquinho...
A história já começa intensa e brutal, com a descrição de terrível estupro cometido por dois homens bêbados e violentos contra uma indefesa menina de cor. A clareza narrativa é cruel e dolorosa. Os mais emotivos chorarão, é fácil pressupor. E é justamente esse o odiento instante em que o leitor gostaria imenso de adentrar furioso o enredo para tentar de todas as maneiras socorrer a indigitada vítima inocente da sanha maligna dos biltres. Isso não sendo possível, resta apenas acompanhar, o coração prestes a sair pela boca, o desenrolar do drama vivido por ela. Como ocorre nesses casos abomináveis, a pobre criança escapa por um triz da morte, tendo, porém, infelizmente, como era de se esperar, sucumbido à avidez animal dos monstros.
A família da menina se desespera ao saber do acontecimento. O pai, atormentado pelo pesadelo por que passou sua filha, que depois de encontrada vai para o hospital para se restabelecer, permite nascer no íntimo o desejo de fazer justiça com as próprias mãos. Nesse ínterim, a polícia prende os estupradores estarrecendo a população da pequena cidade onde tudo ocorreu, pois ambos eram velhos conhecidos da vizinhança. O ódio ardente finca raízes no âmago do pai em desespero. No dia do julgamento, armado e disposto, burlando a segurança do local, ele finalmente dá vazão à fúria e assassina com vários tiros os elementos que desgraçaram a vida de sua filha.
Daí, então, se inicia inesperado ângulo na trama escrita por John Grisham que deixa o leitor novamente indeciso na encruzilhada surgida com a vingança de um pai ferido em sua dignidade ante o crime cometido contra a amada filha. É de ética a vítima ou seu parente fazer justiça porque não resiste ao sentimento da vingança? Nesse caso específico, a Justiça perdoa ou condena? 

Gabriella S. M.

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