sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Entrevista com Gail Carriger

Hello Galera!!!

Gail Carriger começou a escrever para suportar as agruras de ser criada na obscuridade por uma britânica expatriada e um rabugento incorrigível. Fugiu da pacata vida interiorana e, quando deu por si, tinha adquirido vários diplomas de nível superior. Então, viajou pelas cidades históricas da Europa, sobrevivendo apenas dos biscoitos que levava escondidos na bolsa. Agora vive nas Colônias, cercada por um harém de amantes armênios, só toma chá importado de Londres e cria gatos que urinam exclusivamente em vasos sanitários. 

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Esta entrevista foi retirada do livro Alma?

Sempre soube que queria ser escritora?
Gail: Na verdade, ainda não estou totalmente convencida de que sou uma. Tenho a sensação de ter deparado com a arte literária sem querer. Não estou reclamando, longe de mim, só fui pega de surpresa.

O que gosta de fazer em seu tempo livre, quando não está escrevendo?
Gail: Adoro tomar chá. Embora, pensando bem, também o faça quando estou escrevendo. Verdade seja dita: passo a maior parte do tempo comendo, lendo, dormindo e respirando (em geral, nessa ordem e, com frequência, ao mesmo tempo).

O que ou quem consideraria como suas maiores influências?
Gail: Jane Austen, P.G. Wodehouse, Gerald Durrell, uma mãe britânica expatriada, obcecada por chá, anos de estudo de história e uma vida inteira assistindo aos dramas de época da BBC foram fundamentais para a criação de Alexia.

Alma? é uma mescla incrível, que alterna história, romance e o mundo sobrenatural. Onde buscou inspiração para escrever esse livro?
Gail: Sabia que queria escrever urban fantasy, mas havia algo que eu nunca tinha conseguido entender no gênero: se os imortais estivessem perambulando por todos os cantos, não deveriam estar fazendo isso há muito tempo? Daí surgiu uma teoria: e se todas as guinadas estranhas e inexplicáveis da história tivessem resultado da interferência dos sobrenaturais? Então, eu me perguntei, qual seria o fenômeno histórico mais bizarro de todos? Resposta: o Império Britânico. Claro que uma ilhazinha só poderia ter conquistado metade do mundo conhecido com ajuda sobrenatural. Não restam dúvidas de que o absurdo comportamento vitoriano e a moda ridícula foram ditados pelos vampiros. E as normas das Forças Armadas britânicas com certeza seguiram os preceitos da dinâmica das alcateias. Logicamente, assim que comecei a escrever sobre um mundo com anquinhas e cartolas, romance e comédia tiveram de fazer parte da história. Imagine só, anquinhas! Então, acrescentei a ciência do século XIX ao caldo e percebi que, se os vitorianos tivessem estudado vampiros e lobisomens (o que teriam feito, se soubessem da existência deles) e desenvolvido armas para lutar contra eles, a tecnologia teria evoluído de outra forma. Adicionei uma boa pitada de steampunk e, quando dei por mim, estava usando mais subgêneros que a srta. Hisselpenny desfilando seus chapéus cafonas! Mas, por outro lado, chapéus nunca são demais.

Você tem algum personagem favorito? Se sim, por quê?
Gail: Fico em dúvida entre o professor Lyall e Floote. Tenho uma queda por cavalheiros competentes e eficientes, de índole introvertida e temperamento calmo.

Quais serão as próximas aventuras de Alexia?
Gail: Só posso dizer que ela sempre quis viajar em um dirigível...

Por fim, se você tivesse a oportunidade de tomar chá com Lorde Maccon, a srta. Tarabotti ou Lorde Akeldama, quem escolheria e por quê?
Gail: Ah, sem dúvida alguma com Lorde Akeldama. Eu e Alexia nunca nos daríamos bem - somos parecidas demais -, e Lorde Maccon não é lá muito bem-educado. Lorde Akeldama pode ser extravagante, mas sabe levar uma boa conversa e é cultíssimo.

XOXO
Gaby

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